sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um novo Amigo


Sempre que algo tende à estagnação ou declínio, a vida vem com alguma surpresa e muda esse quadro totalmente, melhorando ou piorando, isso dependo do ponto de vista. O que presenciei não foi diferente. Certas coisas simples, feitas na hora apropriada, causam impactos de dimensões imensuráveis. Um sorriso, uma palavra, um abraço, uma mão estendida.

Quem está no meio do furacão não consegue respirar direito e a visão não é bem clara. A única coisa que passa pela mente é a necessidade de se agarrar em algo. Muitas vezes seguramos em coisas frágeis que pode nos levar ainda mais para longe. Às vezes perdemos a esperança de sair vivo, sangramos, choramos, sofremos. Entretanto por milagre, assim prefiro acreditar, tocamos em algo que aparenta estar firme. Logo todas as forças são impulsionadas a um único objetivo, se salvar. O tempo passa, a força diminui, mas não largamos. Quando o destino resolve mudar o plano de fundo da situação, o tornado se desloca para longe, para poder atormentar outro alguém, conhecido ou não. Infelizmente no momento de aflição não pensamos nas condições que o nosso porto seguro pode ficar, muitas vezes arrasado.

Esse porto forte em outras dimensões também é chamado de “amigo”. Geralmente é bastante resistente a tempestades, mas sempre precisa de manutenção e cuidados. Na minha vaga existência nesse grande universo pude encontrar poucos “portos-amigos”. Fui egoísta. No mar de sangue que me afogava só buscava a minha libertação. Porém sei que nessa escuridão nunca estive só, muitos se apoiavam em mim para respirar enquanto meus pulmões sucumbiam no desespero. No entanto, isso serve de aprendizagem, agora sei nadar, sei encontrar os amigos sem precisar de faróis. Mas que habitante, sou um arquiteto dentro desses portos. ... E melhor, aprendi a ser um!




Dedicado a meu amigo Felipe

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