Há quem diga que tudo acontece por algum motivo. Eu acredito nisso. Tudo está relacionado. Encontros e desencontros têm suas repercussões nas vidas daqueles quês estão envolvidos na história. Na verdade toda mudança é complicada e só depois de um tempo vemos o estrago que foi feito, ora bons, ora ruins. Pare agora por um instante e imagine. Pense um pouco o que aconteceu a você nos últimos anos. Com certeza cada um tem experiências para compartilhar. Muitos caminhos se cruzam ou se emparelham. E tudo, absolutamente tudo fica armazenado na nossa memória. Marcas tristes que nos fazem chorar na madrugada, essas geralmente duram bastante. E marcas boas que nos fazem sorrir como bobos vez ou outra em devaneios momentâneos.
A minha história é um pouco mais “agitada” do que queria. E querendo ou não, ela não pertence somente a mim. Nesses quatro anos muita coisa aconteceu. Aqueles que estão ao meu redor puderam, mesmo que de relance, ler algumas páginas do meu livro. Acho que um gênero específico limita os contos que vivi. Em cada sentença há inúmeros personagens, heróis, protagonistas, vilões. Para ser mais direto, os capítulos que escrevi nas escola (com vocês) são os que me interessam mais. Ao mesmo tempo são os mais difíceis de serem lidos. Machucam demais. Isso porque são os melhores. Como leitor é fácil de entender, há sempre um pesar ao virar da página, pois sabemos que o final só está se aproximando.
Isso tudo me leva a pensar, como pessoas tão diferentes podem se entenderem tão bem? Será que é instinto de sobrevivência, se enquadrando no grupo? Não sei bem a resposta, mas sei que com o meu grupo dá certo. Nem tanto assim. Sempre há intrigas e desentendimentos que levam ao estresse total e segundos depois nos fazem rir. Esses altos e baixos é que fazem a convivência mais divertida. Parece que isso vai durar para sempre. Na minha cabeça é como se fossemos continuar nos encontrando todos os dias. Qual é? Somos uma família, das mais estranhas, mas somos. Só em pensar que o final desse livro se aproxima minha mente pira e insiste em me punir com lembranças, me afogando numa completa nostalgia.
Não queria que fosse assim. Não queria precisar me despedir de vocês. Minha vida sempre foi assim, quando me encanto por algo o tempo resolve me derrubar no chão com toda força. Isso é o que acaba comigo. É sempre um processo doloroso curar a dor. É uma sutura sem anestesia. Entretanto, por mais que doa, sempre irei lembrar-me de seus rostos, sorrindo, chorando, cantando, brigando, fazendo careta...
(Nesse exato momento é difícil continuar escrevendo. O coração acelera, as lágrimas ameaçam precipitarem ao longo do rosto. E as lembranças surgem quase como um trailer. A mente fica confusa e tudo aparenta ser tão passageiro, tão frágil.)
Bem, quero que saibam que não seria metade do que sou hoje sem a ajuda de vocês nessa jornada. Muitos me ajudaram a enfrentar dragões, derrotar demônios, destruir correntes, escalar montanhas. Nos menores gestos (e grandes) cada um tem um pouco de culpa por eu ser assim hoje. Hehe, eu sei, um estrago, mas acontece. Infelizmente esse livro que tanto aproveitei e me diverti está nos últimos capítulos, e tudo que desejo é que ele se estenda, mas não vai acontecer. Tenho certeza que a vida nos mostrará infinitos trilhos para seguir, e creio eu, mesmo que inocentemente, que algum dia, em alguma estação, nossos caminhos irão se entrelaçar de alguma forma. Eu sei, é algo difícil de acontecer, pois sabemos que não vivemos em um filme. Mas manterei sempre essa esperança. Na verdade só depende de nós esse reencontro, afinal estamos no volante.
Espero fazer parte (mesmo que seja mínima) na vida de vocês como sempre farão da minha. Espero que não nos esqueçamos uns dos outros com o tempo. E lembrem-se, não importa o aconteça com você, jamais poderão roubar o que você guarda de verdade no “eçi dois”. ^^
Haa, na verdade, uma história nunca acaba mesmo!... ;)
Dedicado a minha querida turma. 1,2,3,4.8426.1M